Todos estão na busca da Felicidade, certo? Porém, a maioria de nós está buscando no lugar errado ou forma errada.
Se queremos ser felizes para sempre, como podemos colocar como fonte de nossa felicidade coisas finitas e impermanentes?
Esse erro vem da nossa ignorância de achar que as coisas, as pessoas ou as conquistas preenchem essa falta, essa insatisfação e, se você está se questionando se isso é verdade ou não, acompanhe meu raciocínio.
Sou um estudante universitário, e durante o curso não vejo a hora de me formar para arranjar aquele emprego dos sonhos, afinal é isso me fará feliz, é isso que escolhi. Me formo, e percebo que esse emprego sonhado não é tão fácil assim, e acabo arrumando um que me traz uma estabilidade, pois felicidade mesmo só aquele emprego me dará. Durante esta busca, sinto que minha felicidade mesmo será completa quando eu arrumar um relacionamento afetivo, arrumo, e por um tempo sinto que achei a felicidade, era exatamente isso que me faltava. Mas logo eu penso que feliz mesmo eu vou ser quando comprar minha casa. Trabalho, me esforço, compro. Me sinto feliz, realizado, tenho um bom emprego, um ótimo relacionamento e minha casa própria. Mas na sequência penso, como seria incrível ter aquele carro novo, lindo, e aí ter o carro se torna minha nova busca. E assim vai... infinitamente... carro, casa, casa na praia, novo emprego, promoção, casamento, filho, viagem, etc.
Eu diria que mais de 90% das pessoas passam a vida nesse jogo de buscar a felicidade, apenas mudando o objeto que acham que lhes trarão felicidade e jamais percebendo que essa busca é ilógica e sem fim.
O estudo de Vedanta (filosofia do Yoga) mostra ao aluno os erros dessa busca e como amenizar o sofrimento entendendo que nossa real natureza é, em si só, plena e feliz. Porém nossa mente e nosso ego, querem se satisfazer, e criam essas armadilhas para estarem sempre no comando e nos impedem de visualizar essa felicidade permanente.
Quando estamos dormindo em sono profundo, nossa mente está “desligada” assim como seu ego, e você está ali, completo e feliz, a única coisa que existe é sua real natureza, e ela é pura paz. Por isso é tão bom dormir, e pessoas com depressão ou outros distúrbios dormem demais, pois é uma maneira de ficar bem, de fugir dos problemas.
Mas não só o sono profundo te mostra isso, quando vamos ao cinema, também nos sentimos bem, nossa mente muda de foco, ao invés de focar nos nossos problemas, ela é “emprestada” para o filme. E assim como no sono profundo, nos sentimos bem, em paz. E isso funciona para qualquer outra distração, muda o foco da mente, e nos dá alívio.
Não coloque a sua felicidade nas coisas, busque a felicidade que você já é!
Juliana Romera
Harih Om
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